Cerca de 400 mil agricultores brasileiros residem no Paraguai de maneira irregular, alguns há mais de 30 anos. Ciente do problema, a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul enviará ofício ao ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Hector Lacognata, pedindo seu empenho para que seja validado no país o acordo sobre residência entre os cidadãos dos países do bloco.
O Acordo sobre Residência para cidadãos do Mercosul, de dezembro de 2002, concede o direito à residência e ao trabalho para os cidadãos de todos os países incluídos no tratado,desde que tenham passaporte válido, certidão de nascimento e certidão negativa de antecedentes penais. As pessoas podem pedir a concessão de residência temporária de até dois anos em outro país do bloco. Antes do final desse prazo, elas podem requerer a residência permanente.
Uruguai e Argentina ratificaram o acordo. Desde 2005 o acordo sobre residência foi ratificado pelo Brasil. O Paraguai só aprovou a norma internamente neste ano,mas ainda é necessário fazer o registro ("depósito") dessas resoluções internas junto ao próprio Paraguai. Embora já tenha cumprido as formalidades, o Paraguai ainda não fez o depósito. O tratado só entra em vigor 30 dias após a comunicação, por todos os estados partes, do cumprimento das formalidades internas necessárias à sua efetivação. Atualmente, há acordos bilaterais do Brasil com a Argentina e o com o Uruguai que garantem a vigência das regras entre esses países.
Para a Procuradoria-Geral da República a situação dos 'brasiguaios' é "uma questão de Justiça". Grande parte nunca recebeu documentos que legalizem sua situação no Paraguai. Muitos têm conjuges e filhos paraguaios, que também não são reconhecidos como cidadãos pelo Brasil.
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