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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mudanças Climáticas, Migração e Saúde no Nordeste Brasileiro é tema de estudo

Projeto será discutico na II Conferência Internacional do Semiárido, em Fortaleza, de 16 a 20 de agosto. As projeções climáticas apontam o Semi-Árido como uma das áreas mais vulneráveis às mudanças climáticas no Brasil. Diminuição da frequência de chuvas, solos mais pobres, vegetação com menor diversidade biológica estão entre as previsões para a região. Alguns lugares devem se tornar inabitáveis.


O projeto "Mudanças Climáticas, Migracões e Saúde:cenários para o Nordeste, 2000-2050" traz um mapa de algumas das conseqüências socioeconômicasprovocadas pelas mudanças climáticas sobre a região Nordeste do país. O estudo é um dos temas em debate na II Conferência Internacional do Semiárido, em Fortaleza (CE), que acontece de 16 a 20 de agosto. A principal abordagem está em como o clima influencia a ação migratória das populações nordestinas.

Os resultados contribuem para projetar medidas de mitigação e de adaptação para as populações do Semi-Árido. Tanto a segurança alimentar dessas pessoas quanto os indicadores de saúde da região serão atingidos negativamente pela nova realidade climática.

As mudanças climáticas afetam a economia e motivam a migração humana, particularmente quando falham os mecanismos de adaptação. Esses deslocamentos acabam atuando na elevação do nível de vulnerabilidade populacional, principalmente quando eles são associados a contingentes de pessoas com nível socioeconômico mais baixo.

A análise de vulnerabilidade presente neste estudo leva em consideração como os fatores sociais, econômicos, culturais e institucionais afetam a capacidade dos indivíduos de responder e de se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas. A capacidade adaptativa, considerada um dos determinantes da vulnerabilidade, representa os fatores sociais, físicos e tecnológicos que funcionam como barreiras ou facilitadores do processo adaptativo. Ela é definida como a habilidade do sistema de se ajustar a nova realidade climática.

Neste contexto, a identificação e a distinção de populações expostas a diferentes riscos, assim como a adoção de estratégias de adaptação, devem ser parte imprescindível de políticas públicas futuras relacionadas com o impacto das mudanças climáticas. Estratégias de adaptação – ao lado de ações de mitigação – devem incluir a elaboração de políticas e planejamento de longo prazo que se traduzam em resultados no curto prazo.

Construção do Índice de Vulnerabilidade Geral
Composição dos Sub-indicadores





Mudanças Climáticas, Migração e Saúde: cenários para o Nordeste Brasileiro 2000-2050.







Os Estados que deverão enfrentar mais dificuldades
para lidar com as transformações que as mudanças
climáticas devem gerar na economia, na demografia
e na área da saúde. No cenários de maiores emissões de carbono e alterações climáticas
mais intensas, a Bahia também apresentará alto grau
de vulnerabilidade (0,75).






*Informações extraídas do Estudo Mudanças Climáticas, Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro 2000-2050. Veja o estudo completo clicando aqui.

http://www2.camara.gov.br/portal/Camara/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-mistas/cpcms/noticias/mudancas-climaticas-migracao-e-saude-no-nordeste-brasileiro-e-tema-de-estudo-7

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