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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Café Pequeno - ed. n° 01/2010

Café Pequeno no mundo da Miscelânea

Juro que tentei mudar, evitei com todas as minhas forças voltar a falar de política. A verdade é uma: não entendo de política, estou aprendendo (uso adequado do gerúndio). A política é feita por pessoas. Não existe ainda uma concepção completa acerca do comportamento das pessoas. Sobre pessoas, aprendemos e desaprendemos todos os dias. A politica também é assim. Concordo com o poeta Manoel de Barros quando afirma que é preciso desaprender 8 horas por dia. O mundo é cheio de formatos que nos limitam. O homem é complexo demais para sobreviver ao limitado. A política também. Para essas filosofias descabidamente cabidas, um café pequeno para acompanhar nossa conversa de improviso.



Etiqueta Política

Descer do salto é permitido, mas cuidado quando sua imagem já está "nublada" diante dos formadores de opinião. Tirar satisfação com jornalistas é a pior maneira de resolver um problema de imagem quando se é pessoa pública.Aliás, é chique ser procurado pela imprensa. Porém, deselegante correr atrás dela. Não pense que trancar um cidadão numa salinha e humilhá-lo - só porque ele cobra por promessas que lhe foram feitas e não foram atendidas - vai abafar o caso. Besteira. O cidadão sempre encontra na mídia o último recurso para solução de um problema. É servidor público sim, não importa o cargo que ocupe - É SERVIDOR! Mesmo que não goste de determinada pessoa, deve tratá-la com todo o respeito sempre. Acima da etiqueta, está a diplomacia. Parece que em Jaú, 320 km da capital paulista, a diplomacia está passando longe. Quando fui repórter da rádio Piratininga e do extinto Jornal Cidade Jahu passei por várias situações humilhantes, ocasiões em que fui coagida e recebi ameaças (direta e indiretamente) por secretários municipais e vereadores. Bastasse divulgar algo que não fosse do interesse deles, algo que precisasse de explicações mais cuidadosas, meu celular tocava. Vozes arrogantes e prepotentes surgiam, substituindo as vozes macias utilizadas quando queriam que divulgasse algo de interesse pessoal (ou outros intentos). Como eu brigava naqueles tempos. O comunicador serve ao cidadão em busca de informação. Quem serve prefeituras e câmaras são seus próprios departamentos de comunicação, secretarias, salas repletas de assessores (90% cargos de comissão). Não precisa descer do salto para impor sua lei ao comunicador, principalmente se a diplomacia passa longe da sua escola. Use o serviço do departamento de comunicação, profissionais que certamente saberão usar da diplomacia para tratar com jornalistas, radialistas, apresentadores, comentaristas, de qualquer cor de imprensa.

Coincidências

Quando se fala de reforma administrativa sempre aparece algum secretário ou presidente de algum órgão beneficente de vínculo público disposto a dar exemplo, certo? ERRADO. Em ano eleitoral, sempre tem alguém querendo se dar bem às custas de alguém. Principalmente quando diz que coloca o cargo à disposição a partir de 31 de março...Quem quer ser candidato a deputado?

E eu continuo tomando café e desaprendendo 8 horas por dia.

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