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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A TV nossa de cada dia

O poder é da massa ou do meio de comunicação que a influencia? Desgaste intelectual, emocional,e por que não dizer físico - sim, até desgaste físico!- é o que duas emissoras de radiodifusão causam nos últimos dias aos telespectadores. A briga de audiência é transparente, mas existem elementos que tornam essa briga algo "sujo" e "oportunista" ao olhos da massa ( pelo menos aos olhos daqueles que enxergam mais adiante). Religião, audiência, poder, dinheiro, tráfico de influência...tudo tão descarado na Televisão nossa de cada dia. É triste analisar que as duas maiores emissoras brasileiras deixam claro que não existe jornalismo isento. A TV Globo exagera ao dedicar 10 minutos , quando apenas poderia seguir o exemplo de outros que aproveitaram até 4 minutos para apresentar notícia de que o Ministério Público entende desvio de finalidade com o dinheiro arrecadado pela Igreja Universal. A TV Record exagera ao atacar a Globo com outra denúncia, dedicando mais de 10 minutos em ataques - e não na própria defesa.
Jornalistas renomados como Ana Paula Padrão e Celso Freitas ( ambos ex-Globo), e o casal Fátima Bernardes e William Boner ( Rede Globo) dedicando o tão vangloriado diploma de jornalismo numa verdadeira guerra de interesses. Sim, eles cumprem ordens. Claro!
Nós, telespectadores o que temos com isso? Temos que aturar essa troca de ofensas, e deixamos de assistir o "filé" da programação das duas emissoras. Os "filés" passaram do ponto e estão intragáveis - no meu caso, filés de soja estragados.
Não quero criticar os que deixaram de dar a notícia, mas apenas um minuto de informação seria suficiente para qualquer emissora - incluindo a Rede Record.
A realidade é que vivemos sob a batuta da informação manipulada, enquadramentos de interesse, que acreditam no retorno da teoria hipodérmica - ou "bala mágica". O conceito de "massa" é fundamental para se compreender essas teorias de comunicação, onde a massa representa um conjunto de indivíduos isolados de suas referências sociais (fiéis de um segmento religioso, por exemplo)agindo em nome de sua própria satisfação. A única referência que um indivíduo possui da realidade são as mensagens dos meios de comunicação,onde a mensagem não encontra resistências por parte do indivíduo, que as assimila e se deixa manipular de forma passiva.


Pela Teoria Crítica, de origem na Escola de Frankfurt, retornemos aos pressupostos marxistas que investigam a mídia como típico produto capitalista. Temas, símbolos e formatos são obtidos a partir de mecanismos de repetição e produção em massa, promovendo a industrialização da arte - a indústria cultural, onde a arte se perde e o imaginário popular consome os produtos de mídia passivamente. A Obra pensa pelo indivídio, que não precisa se esforçar para refletir e pensar sobre a obra.

A capacidade que os meios de comunicação possuem para evidenciar um determinado assunto e influenciar a massa isola qualquer opinião divergente. A importância da mídia como mediadora entre o indivíduo e uma realidade da qual vive se encontra distante.

Em nome do 1°, 2°,3° e 4° poderes, Amém!? A religião, o 5° poder. A massa é o 6° poder ( se tiver 6° sentido)...e o infinito é particular de cada indivíduo.

Que saudades sinto dos tempos do Bambalalão (TV Cultura): "Entrou por uma porta e saiu pela outra. Quem souber que conte outra"

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